Teste genético impulsiona mudança de hábitos entre famílias com risco de melanoma

 O resultado de um teste genético é capaz de mudar de fato os hábitos da população? Pesquisadores do Huntsman Cancer Institute, localizado no campus da Universidade de Utah, Estados Unidos, descobriram que sim, a descoberta de uma mutação genética que aumenta o risco de desenvolver melanoma contribuiu para que as pessoas se prevenissem mais.

O estudo, publicado na revista Genetics in Medicine, recrutou indivíduos entre 16 e 70 anos, com três ou mais pessoas na família diagnosticados com câncer de pele. Ao longo de um ano, os pesquisadores mudanças na exposição ao sol após aconselhamento genético e relatórios de testes, a exposição à luz ultravioleta a partir de um dispositivo de pulso, e o tom da pele/bronzeamento a partir de uma medição de laser.

Os participantes foram divididos em dois grupos. O primeiro reuniu indivíduos com o gene CDKN2A, que aumenta o risco de melanoma para até 76%. O segundo agrupou os participantes sem a mutação genética, mas que tinham grande número de casos de melanoma na família, mas sem a mutação. Todos os participantes receberam as mesmas recomendações para reduzir a exposição ao sol devido aos riscos (familiar e genético) que apresentavam.

Resultados

Os resultados indicaram que indivíduos do primeiro grupo reduziram a exposição solar, enquanto os do segundo grupo não apresentaram mudanças na medida diária de radiação. A medição a laser ainda apontou menos bronzeamento nos indivíduos do primeiro grupo do que os demais. E, por fim, o dispositivo de pulso demonstrou uma redução significativa na pigmentação da pele de parte dos participantes do primeiro grupo.

A possibilidade de utilizar o resultado de um teste genético para motivar pessoas de risco a se prevenirem pode ser ainda mais significativa para a população brasileira, já que o sol é constante no país. Embora não esteja entre os tipos de câncer mais comuns no Brasil, o melanoma é o tumor de pele mais agressivo.  Os exames já estão disponíveis em laboratórios especializados em genética. 

“Para quem  faz o teste, há impacto psicológico e familiar importantes, mas que deve servir para reduzir as consequências da alteração genética ou até mesmo prevenir sua ocorrência, por meio de orientações específicas sobre o melanoma”, conta a Dra. Ana Cristina Guimarães Martins, dermatologista e integrante do Comitê Científico do Instituto Melanoma Brasil. “É um exalta muito útil para quem tem um ou mais casos de câncer entre familiares próximos”, finaliza. 

 

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