Na semana passada, ganhou as manchetes a notícia de que o laboratório Moderna, fabricante de uma vacina para a Covid-19, junto com a farmacêutica MSD, anunciou que devem ser concluídos neste ano os testes clínicos para o desenvolvimento de uma nova imunoterapia contra o melanoma.
O tratamento usa a tecnologia do RNA mensageiro (RNAm), que estimula as células do corpo a produzirem uma determinada proteína, que seja capaz de combater a doença.
Apesar de ser chamado de imunizante o novo imunoterápico tem um conceito diferente das vacinas. Enquanto as vacinas são feitas para prevenir doenças, o medicamento será uma terapia adjuvante.
Ou seja: o imunorerápico será utilizado de maneira complementar após a terapia principal, no caso, a cirurgia, para evitar a progressão ou a recorrência do melanoma de alto risco. Assim, o objetivo é potencializar o sistema imunológico do paciente, e não imunizar contra a doença.
As notícias sobre a terapêutica geraram entusiasmo. No entanto, é importante lembrar que os testes clínicos a serem concluídos este ano finalizarão a fase 2 da pesquisa. Se houver resultado positivo, o estudo segue para a terceira e última etapa. Não deve haver resultados conclusivos antes de 2024.