Cassia Cristina Silvestrini

Cassia Cristina Silvestrini, 46 anos, terapeuta transpessoal e paciente de melanoma

A terapeuta transpessoal Cassia Cristina Silvestrini, 46 anos, nunca se preocupou muito com uma pinta esquisita no braço direito. No entanto,  um esbarrão na porta mostrou que poderia ser melanoma. Conheça a história dela: 

“Tudo começou em 2005. Tinha uma pinta um pouco estranha no braço direito, que mudou de aparência com o tempo, mas nunca me preocupei com ela. Em uma viagem durante o carnaval, um amigo viu o sinal e recomendou que procurasse um médico. Agendei uma consulta com o dermatologista, mas desmarquei por motivos profissionais. Em junho, daquele ano, esbarrei em uma porta e a pinta sangrou. Marquei com o dermatologista novamente; fiz questão de comparecer.

O médico me tranquilizou, disse que não havia nada. Agendamos a retirada do sinal para dali a alguns dias. Nesse meio-tempo, surgiu um caroço dolorido na axila direita. Me consultei com um clínico geral, fiz um ultrassom e soube que precisava de uma cirurgia.  Procurei um cirurgião que, coincidentemente, também é oncologista. Desconfiado, ele agendou a cirurgia no mesmo dia da consulta. O procedimento confirmou sua suspeita. O nódulo na axila tinha sido provocado pela minha pinta esquisita, que na verdade era um melanoma.

Equilíbrio emocional

Assim como tantos pacientes, eu estava mal informada sobre câncer de pele e nunca tinha ouvido falar em melanoma. Não gostava de me bronzear, mas confesso que cometi alguns excessos na infância e adolescência, com direito a vermelhidão, queimaduras e pele descascada. Quando recebi a notícia fiquei sem chão; mais preocupada com os meus pais e a família do que comigo mesma.

Vivi uma experiência difícil, mas consegui extrair um aprendizado importante dela. Em primeiro lugar, aprendi a dizer não. Eu não dava importância para as minhas necessidades, pois só me preocupava em agradar os outros. Aprendi também a sentir gratidão pela vida, pela saúde, pela família e por tantas outras coisas que às vezes passam despercebidas. Aprendi a viver um dia de cada vez e a me valorizar mais. Também entendi que nada ocorre por acaso.

Aliás, neste finzinho do Setembro Amarelo, aproveito minha experiência como paciente de melanoma e terapeuta para lembrar a importância de prestar atenção à saúde emocional durante o tratamento oncológico. Frequentemente nos preocupamos apenas com os sintomas físicos. É fundamental buscarmos o equilíbrio entre corpo, mente e espírito. Tento me manter saudável nessas três frentes, e espero ajudar outras pessoas a atingir esse objetivo.”

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