Diversos fatores ambientais influenciam a intensidade da radiação ultravioleta que atinge a superfície terrestre. Níveis de ozônio, altura e cobertura das nuvens, poluentes ambientais e estações do ano são alguns exemplos.
A camada de ozônio absorve 100% da radiação UVC, 90% da radiação UVB e praticamente não absorve a radiação UVA. A radiação ultravioleta que não é absorvida pelo ozônio pode penetrar na água em estado líquido com taxa de 80%. A neve e a areia refletem a radiação ultravioleta B, sendo que a neve pode gerar uma taxa de reflexão da radiação de 85%.
O ozônio está presente na estratosfera e sua concentração varia de acordo com a temperatura, tempo, latitude a altitude. A partir da década de 70, o nível de ozônio na estratosfera começou a diminuir anualmente, sendo que a redução desta camada foi importante no hemisfério sul. Este fato ocorreu devido principalmente ao uso de substâncias capazes de danificar esta camada, como os clorofluorcarbonos.
A radiação UV é absorvida na pele, gerando reações químicas , que ocasionam efeitos prejudiciais quando ocorre a exposição em excesso. A diminuição do nível de ozônio aumenta a quantidade de radiação UV que atinge a Terra. Estima-se que para cada 1% de redução do nível de ozônio, exista aumento de 1 a 2 % na quantidade de radiação UVB que atinge a superfície terrestre.
A radiação UV também apresenta efeitos benéficos para a saúde, estimulando a produção da vitamina D, envolvida no metabolismo ósseo e no funcionamento do sistema imunológico.
Sol com responsabilidade é sol na medida certa.
QUESTÃO DE PELE – por Dra. Ana Cristina Guimarães Martins, Dermatologista e membro do Comitê Científico do Instituto Melanoma Brasil.