Em agosto de 2020, o Ministério da Saúde incorporou os medicamentos Nivolumabe e Pembrolizumabe ao rol de tratamentos para pacientes com melanoma avançado no SUS.
Mas o que seria uma boa notícia para pessoas com melanoma e familiares, tem sido na verdade um grande transtorno. Isso porque a Rede Pública de saúde não recebeu até agora nenhum dos medicamentos aprovados.
De acordo com a advogada e Vice-Presidente do Instituto Melanoma Brasil Carla de Santis Gil Fernandes, por Lei, após a incorporação, o Ministério da Saúde teria um prazo de seis meses para fazer com que esses medicamentos chegassem aos pacientes tratados pelo Sistema Público de Saúde. No entanto, a data limite se esgotou em fevereiro de 2021 e até agora os remédios não estão disponíveis em nenhum hospital da rede pública do país.
Ou seja: há mais de 450 dias pacientes com melanoma avançado aguardam pelos imunoterápicos que deveriam estar disponíveis nos Hospitais Públicos do País.
Tanto a imunoterapia quanto a terapia-Alvo são tratamentos capazes de controlar o avanço do melanoma, e até mesmo promover a cura em alguns casos.
“A gente está perdendo pacientes, porque eles estão sem tratamento no SUS. Esses remédios deveriam estar em todos os hospitais da Rede Pública de saúde, mas não estão”, diz a advogada.
O câncer melanoma não espera. Os pacientes querem viver! Onde estão os medicamentos que por direito deveriam ser destinados aos pacientes do SUS?