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Larissa Reis, paciente de melanoma, não imaginava que pessoas negras pudessem ser diagnosticadas

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A psicóloga Larissa Reis pensava que estava naturalmente protegida contra o melanoma, mas uma verruga no couro cabeludo mostrou ser o câncer de pele mais perigoso. Moradora de Salvador (BA), ela pouco sabia sobre a doença e nunca tinha viso uma pessoa negra ser diagnosticada. Conheça sua história e a importante mensagem que ela tem a passar adiante. 

“Recebi meu primeiro diagnóstico de melanoma em 2013, quando terminava o meu Trabalho de Conclusão de Curso. Até então, sabia bem superficialmente do que se tratava a doença, tinha apenas informações básicas. Surgiu uma verruga no meu couro cabeludo, que demorei a perceber e acabei removendo alguns meses depois.  No entanto, a lesão cresceu novamente e junto a ela surgiu uma mancha preta, assim como alguns caroços no pescoço.   Imaginei que se tratasse de uma inflamação, mas a biópsia constatou o melanoma.

Receber a notícia me tirou o chão e trouxe alguns questionamentos.  Como eu poderia ter logo o câncer de pele mais grave de todos, se não me exponho ao sol e tenho pele negra, que oferece proteção extra contra os raios ultravioletas? Não conheço outra pessoa negra que tenha enfrentado a doença, tampouco vi relatos nos meios de comunicação. Pensei que estivesse naturalmente protegida, mas não estava.

 Assim descobri que o melanoma não faz distinção: pode surgir em qualquer pessoa, em qualquer tom de pele, em qualquer parte do corpo, inclusive aquelas que não tomam sol, como o couro cabeludo.  

Tratamento do melanoma

Passei um mês e alguns dias internada, recebendo interferon. Não tive muitos efeitos colaterais, apenas dor de cabeça e inflamação no fígado, que levou à suspensão do medicamento por alguns dias. Ao sair do hospital, recebi medicação subcutânea por um ano e retomei minha vida normalmente.

No final de 2018, apareceu um caroço na minha barriga e senti fortes dores na coluna. Cheguei a ir à emergência,  onde disseram que não havia nada.  Preferi consultar também o oncologista, que diagnosticou uma recidiva do melanoma na barriga e na coluna.

Foi uma luta desta vez, pois precisava receber nivolumabe,   não coberto no meu plano de saúde, e tinha que tomar também o zometa, para os ossos. Iniciei  radioterapia  paliativas, pois precisava mesmo dos medicamentos.

Mensagem

Dois meses depois, consegui finalmente os remédios necessários. Hoje a doença está estável. Precisei interromper o nivolumabe, pois tive pangastrite, e estou apenas com o zometa. Mas sigo caminhando bem, fora algumas dores nas pernas. 

Minha mensagem é sobre a vida, para que as pessoas se conscientizem. Acho importante haver mais informações e relatos sobre melanoma em negros na mídia, pois temos a impressão de que apenas pessoas de pele clara podem ter a doença, e não é assim. Aliás, importante que nós sejamos lembrados o ano inteiro, não apenas nas datas comemorativas, pois temos muitas potencialidades além da nossa cor.”

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