Pesquisar
Close this search box.

Como lidar com informações difíceis durante o tratamento?

Compartilhar está publicação

Em tempos de Internet e redes sociais, informações ou comunicações difíceis podem interferir saúde emocional do paciente de câncer melanoma e sua família. Nem todos reagem da mesma forma, e receber as informações pode ser desafiador.

Para ajudar o paciente e seus familiares nesse processo, o portal do Instituto Melanoma Brasil conversou Dra. Fabiana M. M. Caron, Psicóloga e Psico-oncologista, atual Presidente da Sociedade Brasileira de Psico-oncologia (SBPO), sobre o impacto das informações e comunicações difíceis e como lidar com elas. Acompanhe a seguir.

Que tipo de reações emocionais as informações difíceis, como o diagnóstico de câncer melanoma ou a ocorrência de metástase, podem desencadear?

O entendimento de uma má notícia/comunicação difícil, tem grande impacto a saúde emocional do paciente.

Ela percorre uma trajetória psíquica, desde o choque inicial até a integração de uma nova perspectiva de futuro.

Esta trajetória do processo de comunicação e entendimento de uma má notícia perpassa, habitualmente, pelo choque inicial, processo de negação, momentos de raiva, tristeza e barganha, até o entendimento e reconhecimento do processo de adoecimento.

Por isso, logo após essa comunicação é possível o paciente apresentar sintomas de distress, episódios ansiosos, alterações de sono e apetite.

Muitas vezes, as comunicações e informações difíceis são acompanhadas pelo sentimento de profunda ansiedade e desespero. É possível manter a calma nesse momento? Que atitudes podem ser benéficas nesse sentido?

 

É importante ressaltar que esses sentimentos são normais e esperados, mediante a notícia de uma doença grave e ameaçadora da vida.

Por isso, a melhor forma de minimizar esses sentimentos é contar com uma boa rede de apoio, como a família e os amigos próximos.

O psicólogo especializado em Oncologia também pode auxiliar muito nesse processo, pois trabalhando com o paciente a psicoeducação, consegue reduzir esses sentimentos.

 

E quais ações podem ter o efeito contrário, ou seja, aumentar o sofrimento ainda mais?

Neste momento, procurar informações em fontes não confiáveis e se isolar podem aumentar o sofrimento. Por isso, é fundamental se cercar de todo o suporte adequado e indicado.

Como a família, os amigos e os profissionais de saúde podem apoiar o paciente nesse momento?

A família deve estar ao lado do paciente, se assim ele desejar, promovendo um ambiente seguro e tranquilo, sem cobranças e julgamentos, tentando ser um veículo de auxílio positivo e compassivo em suas narrativas para fortalecer os mecanismos de enfrentamento do paciente.

Os profissionais da saúde devem primeiramente serem especialistas em Oncologia, pois, dessa forma, estarão treinados para receber o paciente de forma adequada e empática.

Muitos pacientes partem para a Internet antes mesmo de conversar com o médico. Com frequência, se assustam com o que encontram, mesmo em fontes de confiança. É possível evitar o sofrimento por antecipação em meio a esse mar de informações?

Hoje em dia a internet pode aumentar o sofrimento emocional nesses casos, em vez de minimizá-los.

Por isso, as mídias sociais confiáveis que divulgam informações sobre câncer, também devem ter a assessoria de um psico-oncologista, para publicar textos e informações com o intuito de minimizar o sofrimento e não aumentar.

Muitas vezes o paciente acredita que o que ocorre com o outro ocorrerá consigo também. Assim, como aproveitar de forma saudável espaços como grupos de pacientes ou páginas de compartilhamento de experiências?

A melhor forma de aproveitar esse espaço é firmando parcerias com profissionais especialistas no assunto, com experiência comprovada na área e que tenham um perfil acolhedor e empático para poder promover essas atividades para melhorar a saúde emocional e a qualidade de vida como um todo desses pacientes.

Receba nossa newsletter

Newsletter

Explore outros temas

Eu Senti na Pele

Alessandra Audino

O movimento sempre fez parte da vida de Alessandra Audino. Ela já foi maratonista, triatleta e velejadora de windsurf. Porém, mais de 20 anos atrás,

Instituto Melanoma Brasil

faça sua parte, doe!

Receba nossa newsletter

Siga-nos nas redes sociais

Inscreva-se no canal

© 2024 Melanoma Brasil // Todos os direitos reservados

Seja um voluntário do Instituto

Faça parte do nosso banco de voluntários. Clique abaixo e preencha um formulário com seus dados e entraremos em contato para que você possa participar, com seus talentos, de ações desenvolvidas pelo Melanoma Brasil.

small_c_popup.png

Cadastre-se

Receba nossa newsletter

Newsletter