A publicitária e personal organizer Fernanda Knijnik viveu uma experiência inusitada: foi diagnosticada com melanoma na mesma época que seu irmão. Veja o que ela conta sobre essa experiência transformadora.
“Meu nome é Fernanda Knijnik, tenho 44 anos. Sou publicitária de formação, com experiência de 23 anos em grandes agências de publicidade entre Porto Alegre e São Paulo. Há três anos tenho minha empresa de Personal Organizer, a FK CONSULTORIA EM ORGANIZAÇÃO.
Em março de 2012 fui diagnosticada com melanoma na coxa direita. Era um sinal bem pequeno e eu não sentia absolutamente nada. Não havia nenhuma evidência que me chamasse atenção.
Na verdade, minha jornada começou um pouco antes. Em fevereiro, meu irmão Rafael, foi à dermatologista examinar uma unha machucada. A médica aproveitou para fazer um check up nos sinais do seu corpo. Um deles, no braço, tinha um aspecto estranho e foi retirado imediatamente para exame. Veio o resultado de melanoma in situ e meu irmão fez a cirurgia na semana seguinte. Foi um susto, um alerta para todos nós.
Como somos cinco filhos, fizemos exames para ver se mais alguém tinha melanoma, embora a médica dissesse que seria muito azar se mais um de nós tivesse a doença, ainda mais no mesmo momento. Mas, como tudo é possível, eu fui a premiada. E digo premiada porque tive duas notícias. A ruim foi ter um melanoma e precisar fazer uma cirurgia. A boa foi a a sorte de ter um melanoma inicial como o do meu irmão, poder retirar as bordas de segurança e ficar curada. Graças a Deus!
A partir desse momento, alguns cuidados importantes e hábitos novos foram adquiridos para sempre:
- Exames periódicos para olhar todos os sinais do corpo (hoje vez por ano, mas na época de três em três meses e depois de seis em seis meses).
- Sou muito mais observadora com o meu corpo e qualquer coisa que estranho vou no médico.
- Exames de sangue e imagem regulares uma vez por ano e visita à minha clinica geral
- Cuidado com a exposição solar; atenção aos horários e uso de protetor.
- Cuidado com a exposição solar do meu filho de 13 anos.
Não deixei de fazer os exames de rotina no período de COVID-19, pois nessas horas temos que redobrar os cuidados de outras doenças que não vão deixar de aparecer em pandemia.
Tento também alertar o máximo de pessoas sobre o melanoma, pois elas acham que não acontece com elas ou com pessoas conhecidas. Mas acontece sim. Aconteceu comigo. Aconteceu comigo, aconteceu com meu irmão e pode acontecer com você.
Não subestime a doença! Ela não escolhe cor, raça e muito menos data par chegar. Mas se você for cuidadoso e fizer os exames de rotina, pode ter controle sobre ela. Pode prevenir ou descobrir no começo, como eu e meu irmão. Eu senti na pele e não desejo que você sinta também. Cuide-se.
E, como personal organizer, deixo uma dica: reserve um tempo na sua agenda para fazer exames e ir ao médico. Nada é mais importante do que ter saúde. Mas só valorizamos quando nos sentimos amedrontados. Com a tecnologia, é muito colocar no computador ou no celular um aviso para não nos esquecermos dos compromissos. Temos também muitos apps que podem ajudar. Não boicote o seu corpo e a sua saúde, só você perde com isso. Eu senti o melanoma na pele, e hoje sinto orgulho da minha cicatriz!”