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EU SENTI NA PELE!

Bastante comuns no corpo de boa parte das pessoas, pintas e manchas surgem sem qualquer sinal de aviso e muitas delas em locais de difícil visualização como couro cabeludo ou planta dos pés. A história a seguir serve de alerta e mostra como alguns profissionais podem desempenhar papel importante na detecção de doenças graves, como o câncer de pele.

         O cirurgião plástico Fulgêncio Ramos descobriu um melanoma no couro cabeludo após ser alertado pelo seu barbeiro. Sempre atento a sua saúde, o médico confessa jamais ter imaginado que algo de grave pudesse surgir no local. Foi quando em 2015, ao cortar o cabelo pela terceira vez com Cleom, no Cleom Hair Cabeleireiros, foi alertado sobre a existência de uma pinta, de formato e coloração diferentes.

         Formado há 30 anos, Cleom conta que quando se formou uma das orientações recebidas foi observar a pele dos clientes e comunicá-los em caso de qualquer anormalidade. “Ao lavar os cabelos e na hora do corte estou sempre atento e quando noto algo de diferente, como no caso do Ramos, procuro comunicar de forma tranquila e incentivar a pessoa a procurar ajuda médica. Em tantos anos de profissão, esse foi o segundo encaminhamento que fiz. Desta forma, estou sendo bastante útil e cuidadoso com meus clientes”, relata Cleom.

         Profissionais como cabeleireiros são considerados valiosos colaboradores dos médicos na detecção precoce do melanoma. Estudo publicado no ano passado pelo Annals of Surgical Oncology mostra que 10% dos casos de melanoma teriam sido encaminhados por cabeleireiros aos centros de saúde dos Estados Unidos.

         Assim que recebeu o alerta, Ramos procurou ajuda médica especializada e após fazer alguns exames, foi diagnosticado com melanoma já em estágio avançado. “Fiquei surpreso ao descobrir um melanoma no couro cabeludo, pois nunca senti nenhum incomodo ou dor na região”, explica o médico.

         Após dois anos da descoberta, continua em tratamento e já passou por três tipos de tratamento. Atualmente, outro tumor foi descoberto, no cérebro.  “Infelizmente o meu caso estava em estágio avançado, mas o cuidado e atenção do Cleom foram fundamentais para que eu pudesse descobrir a doença e iniciar o tratamento”, explica Ramos.

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