Praticantes de esportes ao ar livre devem proteger sua pele independente do clima ou da estação do ano. Esse é o recado que o Instituto Melanoma Brasil, quer passar em sua nova campanha “Eu protejo minha pele”. Para isso, conta com o apoio de atletas, como o atleta paralímpico e recordista mundial Daniel Dias, para alertar esportistas e a população em geral sobre os perigos causados pelos raios ultravioletas.
“Pelo terceiro ano consecutivo estamos promovendo uma campanha de conscientização e prevenção do melanoma. O foco desta edição é a associação da prática esportiva ao ar livre com os cuidados com a pele, que é o maior órgão do corpo humano. E nada mais gratificante do que contar com um time de grandes atletas outdoor para nos apoiar e ajudar nessa tarefa”, explica Rebecca Montanheiro, presidente do Instituto Melanoma Brasil e ex-paciente de melanoma.
Na rua, na quadra, na areia ou no mar. Os praticantes de esportes se movimentam o ano todo não importa o local. “E assim como a atividade física é essencial para a manutenção da boa saúde, a proteção da pele não pode ficar em segundo plano. Medidas preventivas e de proteção como passar protetor solar, alem de usar roupas e acessórios com fotoproteção devem ser adotadas o ano inteiro”, enfatiza Rebecca.
Para Daniel Dias, a rotina de um atleta de alto rendimento lhe deu esta cultura de proteger a pele. “Faço uso do protetor solar e cuido da hidratação da pele também. Hoje não treino mais em ambientes externos, mas já tive essa experiência e o cuidado com a exposição ao sol é fundamental. Os treinos são diários, às vezes até duas vezes ao dia. Fico feliz em poder passar essa mensagem de conscientização para todos, principalmente aos colegas atletas, profissionais ou amadores, que ficam mais expostos ao sol ao praticarem seus esportes“, diz o recordista.
O câncer de pele é muito comum entre brasileiros e, sozinho, apresenta mais casos no País do que os outros 17 tipos de tumores, segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). O melanoma é um tipo de câncer de pele originado nos melanócitos – células que produzem a melanina, substância responsável pela cor da pele. Ele representa apenas 5% dos tumores malignos de pele, mas é o de maior gravidade e mortalidade devido a sua grande capacidade de produzir metástases – quando as células tumorais comprometem outros órgãos, tais como fígado, pulmões e cérebro. Para 2018, a estimativa é de 6.260 novos casos de melanoma, sendo 2.920 homens e 3.340 mulheres.
Quando o seu diagnóstico é precoce, o melanoma tem 90% de chances de cura. Proteger a pele no dia a dia e saber identificar os primeiros sinais da doença é fundamental. “Nosso objetivo é contribuir para a redução do número de novos casos da doença, estimulando entre as pessoas o hábito da proteção da pele, do autoexame e do compartilhamento de informações que pode salvar vidas”, conclui Rebecca.