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Hoje é dia de conhecer a Lai Poli, diretora financeira do Melanoma Brasil, que mudou por dentro e por fora após tratar o câncer de pele mais perigoso. Veja o que ela tem a contar:

“Sempre fui uma pessoa solar, literalmente. Para aproveitar um dia bonito, abusava do óleo bronzeador com FPS 2 ou 4. Achava que câncer de pele era uma pintinha inofensiva, fácil de remover.

Sempre tive uma pinta no pulso direito, semelhante a uma verruga. Cinco anos atrás, durante a gravidez da minha filha mais nova, ela escureceu e aumentou de tamanho. Um parente viu e ficou preocupado, me aconselhou a procurar um médico, o que fiz imediatamente. Dez dias depois, com a biópsia em mãos, soube que tinha um melanoma nodular nível de Clark IV, bastante agressivo.

Quando recebi o diagnóstico, tinha um filho de 10 anos e outra de um mês e meio. Antes de engravidar da caçula, sofri dois abortos espontâneos. Me preparava para uma transição de carreira. Formada em secretariado executivo, cursava uma segunda graduação, em Direito. Acreditei que, se estava passando por tudo aquilo, Deus tinha um propósito maior para mim.

Nos meses seguintes, me apoie bastante na fé. Além da remoção cirúrgica do melanoma com ampliação de margens, fiz esvaziamento axilar, pois a biópsia do linfonodo sentinela detectou que as axilas estavam comprometidas em três níveis. Após o procedimento, completei a terapia com Interferon.

No total, passei um ano em tratamento. Nessa época, conheci o Melanoma Brasil. Uma amiga me ‘apresentou’ a Rebecca Montanheiro pelo Facebook e adorei o trabalho. Gostei tanto que me tornei diretora financeira.

Sou uma mulher vaidosa. Adorava me vestir bem, caprichava na maquiagem e vivia preocupada com o peso. O tratamento me obrigou a mudar por dentro e por fora. A maioria dos pacientes emagrece, mas eu engordei 30 quilos, pois minha tireoide parou de funcionar. Também perdi o cabelo. Percebi então que a melhor maquiagem era o meu sorriso, que a roupa mais bonita era que me deixava confortável no hospital. Não senti rancor ou revolta em momento algum. Permaneci alegre e mantive a rotina normal, dentro do possível. Todos os dias pedia a Deus que me desse forças para continuar.

As forças vieram, e renderam até para uma nova transformação profissional. A área de saúde me fascinou. Percebi que existe espaço para uma abordagem mais acolhedora e carinhosa. Abandonei a faculdade de Direito e hoje estou no segundo ano de Medicina. Pretendo, é claro, me especializar em oncologia, só não decidi se na área clínica ou pediátrica. Sinto que me encontrei na profissão! Minha experiência certamente ajudará a trazer mais leveza, qualidade de vida e esperança aos pacientes. Farei por merecer o título de médica, que exige tanto estudo e dedicação.

As perspectivas do futuro me entusiasmam. Embora meu tumor fosse agressivo e avançado, respondeu bem à terapia e não causou metástases. Hoje, quatro anos depois, estou fora de tratamento. Outro dia, mostrei minha biópsia para um amigo médico. Ele comentou que, se tivesse visto, talvez me aconselhasse a nem tratar, tão sombrio o prognóstico se mostrava. Ainda bem que fiz diferente!

Hoje, sigo minha rotina normalmente, e continuo a aproveitar momentos de lazer ao ar livre, somente nos horários seguros. O óleo bronzeador deu lugar ao filtro com FPS 50, no mínimo, cuidado que também tomo com filhos e marido. Mas sigo desfrutando, sem medo algum, do sol que brilha dentro de mim o dia inteiro.”

 

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