FALA DOUTOR! – Entrevista com Dr. Elimar Gomes e Dr. Marcelo Sato

Existem muitas dúvidas a respeito do uso do protetor solar. E muitas vezes, por falta de conhecimento, deixamos de usar esse produto que tanto nos protege e faz bem. Conversamos com Dr. Elimar Gomes, coordenador do Grupo de Dermatologia do Centro Oncológico da Beneficência Portuguesa de São Paulo e membro do Comitê Científico do Instituto, e com Dr. Marcelo Sato, dermatologista do Grupo de Dermatologia do Centro Oncológico da Beneficência Portuguesa, que nos ajudam a esclarecer essas questões. 

Melanoma Brasil: Qual é a regra para se escolher o fator de proteção solar? Quanto maior o FPS maior a fotoproteção?

Elimar Gomes: O mínimo recomendado é o FPS (fator de proteção solar) 30.  Quanto mais clara a pele e quanto maior a exposição solar maior deve ser o FPS escolhido.  Existem algumas doenças de pele e outras situações que também indicam o usodefatores  mais  altos  e  outras  substâncias  associadas  ao  protetor,  tais  como  hidratantes,  antioxidantes,  pigmento  (base)  ou  redutores  de  oleosidade. É importante lembrar que o principal fator interferente na proteção solar é a quantidade aplicada. No geral, as pessoas utilizam entre 30, 50% da quantidade necessária. O uso de um FPS mais alto pode ajudar a compensar essa diferença.

Melanoma Brasil: O protetor solar demora quanto tempo para fazer efeito?

Marcelo Sato: Os estudos para determinação de FPS e PPD-UVA mostraram que se requer um intervalo de 15 minutos entre a aplicação do produto e o início da exposição. Sabemos, entretanto, que alguns protetores solares demonstram sua efetividade imediatamente após a aplicação, sem a necessidade do intervalo de 15 minutos. Desde que demonstrado por estudo clínico, essa recomendação poderá ser feita pelo dermatologista ao seu paciente. Mas, de regra geral, é melhor aplicar o protetor solar e esperar pelo menos 15 minutos para sair de casa.

Melanoma Brasil: Podemos usar o mesmo protetor solar no corpo e no rosto?

Elimar Gomes: Sim! Podemos utilizar o mesmo protetor solar no rosto e no corpo. Porém, com o avanço das tecnologias incorporadas na produção dos fotoprotetores, temos hoje uma enorme linha de produtos com características específicas para tipo e região da pele. Além do objetivo de proteção solar, o produto pode conter substâncias para tratamento de alguma doença de pele (acne, melasma, fotoenvelhecimento) e ser apresentado em veículos (creme, gel-creme, loção, gel) que o façam mais ou menos agradáveis. Assim, muitas vezes, nós dermatologistas, indicamos um protetor específico para o rosto e outro para o corpo para facilitar a adesão ao uso frequente.

Melanoma Brasil: Atualmente temos protetores de várias texturas, gel, creme e até spray. Existe um melhor entre eles? Qual o mais indicado?

Marcelo Sato: Um fotoprotetor pode ser preparado em diferentes veículos: óleos, géis, mousses aerossóis, sticks, pós e bases. O veículo é o componente da formulação em maior quantidade que deve permitir a estabilidade das substâncias ativas do produto (aquelascom atividade terapêutica).  Um fotoprotetordeve ser eficiente e seguro, com um sensorial agradável na pele, incorporar ativos para tratamento de patologias, além de ter um custo acessível. Dessa maneira, a escolha do produto mais indicado é individualizada e depende das características de cada tipo de pele. Ao dermatologista, como prescritor, cabe saber avaliar os diversos produtosdisponíveis no mercado, indicando o mais adequado em cada situação.A tabela resume as principais características dos fotoprotetorestópicos, de acordo com os veículos utilizados.

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