EDITORIAL – Juliana Moro – Newsletter Edição Fevereiro 2018

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Sabemos que a melhor forma de evitar o câncer é a prevenção. Manter hábitos saudáveis e realizar exames e consultas periódicas são fundamentais. A pele exige muitos cuidados e atenção. Costumamos não ligar muito para ela, mas precisamos consultar um dermatologista anualmente para saber como anda a saúde deste, que é o nosso maior órgão. Seguindo essa “regrinha básica”, estaremos seguros caso alguma anormalidade surja. Como sabemos, quando um melanoma é detectado em sua fase inicial, as chances de cura chegam a 90%. Por este motivo, é tão importante a prevenção.

Mas o que fazer quando o diagnóstico é tardio? E se a doença evoluir muito rápido?

Antigamente, os tratamentos para melanoma eram muito restritos. Contávamos apenas com as cirurgias convencionais e a quimioterapia tradicional, que sempre mostravam uma resposta muito pequena na sobrevida do paciente, além de deixá-lo muito debilitado com os efeitos colaterais.

Hoje, graças aos avanços da medicina e pesquisas científicas, os pacientes possuem armas para combater a doença, especialmente para casos de melanoma metastático. Nomes, como Terapia Alvo e Imunoterapia, estão cada vez mais presentes no universo do combate ao câncer. Eles mostram respostas significativas no controle e na sobrevida de pacientes. E o melanoma está no topo da lista dessas respostas positivas. Um avanço e tanto.

Esses tratamentos estimulam o sistema imunológico do próprio paciente, fazendo com que o organismo consiga identificar e combater as células cancerosas. Outro ponto é que essas técnicas causam menos efeitos colaterais do que os tratamentos convencionais como a quimioterapia e a radioterapia, gerando uma melhor qualidade de vida.

Essas notícias positivas estão mudando as perspectivas de oncologistas e pacientes, mas ao mesmo tempo surge uma grande preocupação. O Sistema Único de Saúde (SUS) não acompanha esses avanços. Mesmo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizando a utilização dessas técnicas aqui no Brasil, o alto custo financeiro do tratamento (em torno de R$ 50 mil por mês), impossibilita o acesso a grande maioria da população que depende do atendimento público para realizar seu tratamento. 

Saber da evolução dos tratamentos fortalece nossa esperança pela cura, mas o estresse gerado com o tempo de espera por consultas e exames, as escassas terapias disponíveis no SUS e a luta para garantir o melhor tratamento por meio de jurisdição vão contra as palavras-chave que todo paciente oncológico carrega consigo: tempo e qualidade de vida. Mas lutamos para que esse cenário, em um futuro próximo, mude! Estamos esperançosos e seguimos trabalhando para isso!

Juliana Moto

Vice-Presidente do Instituto Melanoma Brasil

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