Cães e gatos podem ter câncer de pele

Cães e gatos podem ter câncer de pele. Os tumores cutâneos, aliás, entre os mais frequentes em os pets. Eles podem se manifestar de diferentes formas: desde lesões benignas até tumores malignos, como o carcinoma, o hemangiossarcoma e o melanoma.
Assim como nos humanos, o diagnóstico precoce faz toda a diferença. Quanto mais cedo a doença for identificada, maiores são as chances de tratamento ser mais barato, mais fácil, eficaz e permitir boa qualidade de vida para o animal.

Tipos mais comuns

  • Lipoma: tumor benigno comum em cães idosos e obesos.
  • Histiocitoma: tumor benigno comum em cães jovens; tem crescimento rápido.
  • Adenoma sebáceo: tumor benigno, com aspecto de lesões verrucosas, principalmente em cães idosos.
  • Carcinoma de células escamosas: tumor maligno que costuma atingir áreas com pouca proteção de pelos, como orelhas, focinho e barriga. Está associado à exposição solar, principalmente em animais de pelagem clara.
  • Hemangiossarcoma cutâneo: tumor maligno também relacionado à radiação ultravioleta, que se forma a partir dos vasos sanguíneos da pele.
  • Melanoma: tumor maligno que tem origem nos melanócitos, células que produzem a melanina. É mais comum em cães idosos e pode aparecer na boca, nas patas, na pele ou até dentro dos olhos. Nos pets, não está necessariamente ligado ao sol, mas sim a alterações celulares e processos inflamatórios. Na boca é especialmente maligno.
  • Mastocitoma: tumor maligno muito comum, principalmente nos cães. Se apreenta como pequeno nódulo cutâneo firme ou macio, a lesão pode ser avermelhada, ulcerada ou com crostas. Tem possibilidade de metástase, mas é curável quando diagnosticado precocemente.

Causas e fatores de risco

Os fatores que levam ao câncer de pele em animais são variados. Entre os principais estão:
•             Predisposição genética (algumas raças têm maior propensão);
•             Idade avançada — a maioria dos casos ocorre em animais entre 8 e 14 anos;
•             Exposição solar intensa e repetida, especialmente em pets de pelagem clara ou com áreas sem pelos;
•             Ferimentos crônicos, inflamações ou irritações repetitivas na pele.
Raças caninas Boxer, Dogo Argentino, Pit Bull, Bull Terrier, Labrador, Golden Retriever, Poodle e Schnauzer merecem atenção especial.

Como identificar o câncer de pele em cães e gatos

Os sinais variam de acordo com o tipo e a localização do tumor, mas alguns alertas importantes incluem:
•             Feridas que não cicatrizam, aumentam de tamanho ou sangram;
•             Nódulos ou caroços na pele ou na cavidade oral;
•             Manchas escuras, placas ou áreas com crostas;
•             Mau cheiro, dor ou coceira;
•             Alterações na boca, como salivação excessiva, sangramento ou dificuldade para mastigar.
Essas lesões não devem ser avaliadas apenas visualmente. O diagnóstico correto é feito por exame histopatológico (biópsia) e pode exigir exames de imagem para verificar se o tumor se espalhou para outros órgãos.

Tratamento

O tratamento mais indicado depende do tipo e da gravidade do tumor.
Na maioria dos casos, a cirurgia é a primeira escolha, podendo ser associada a quimioterapia, eletroquimioterapia, radioterapia ou imunoterapia.
O objetivo é sempre garantir  o controle da doença e qualidade de vida ao animal.

Como prevenir

Embora nem todos os tipos de câncer de pele em animais estejam ligados ao sol, a proteção solar é uma aliada importante.
Algumas medidas simples ajudam a reduzir os riscos:

  • Evitar exposição solar intensa, principalmente entre 10h e 16h;
  • Procurar manter o animal na sombra quando estiver ao ar livre;
  • Usar protetor solar veterinário em áreas mais sensíveis (orelhas, focinho, abdome, ao redor dos olhos);
  • Observar a pele com frequência. Nos animais de pelo exuberante, aproveitar o momento do banho para inspecionar a pele. Procurar atendimento veterinário se encontrar qualquer anormalidade;
  • Realizar consultas periódicas, especialmente em animais idosos.

O diagnóstico precoce é um grande aliado da saúde da pele  animal. Ao identificar qualquer mudança suspeita na pele do seu pet, procure o veterinário o quanto antes.

*Texto elaborado com a colaboração da Dra. Maria Cecília Fleury  Curado, médica veterinária, CRMV SP 08499

 

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