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Receber o diagnóstico de melanoma é algo difícil de assimilar. Imagina descobrir a doença no auge da adolescência? Foi exatamente o que aconteceu com Christian Antonio. Natural de Barão de Antonina (SP), aos 14 anos, ele e seus pais foram pegos de surpresa quando uma pinta em sua perna começou crescer. Hoje, aos 17 anos, curado, Christian está se preparando para prestar o vestibular e nos conta sua história, cheia de aprendizados e positividade. Acompanhe:

“Medo, angústia foi o que eu senti ao receber o diagnóstico de melanoma. Afinal, quando se fala em câncer, é como se estivéssemos recebendo uma sentença de morte e, aos 14 anos, foi bem difícil. Há três anos, uma pinta na coxa, um pouco acima do joelho, começou a crescer rapidamente. Minha mãe suspeitou de algo errado e fomos ao médico. Chegando lá, ele imediatamente indicou a retirada da pinta e mandou para biópsia. Quando recebemos o resultado: melanoma maligno. Foi um choque, para mim e minha família, pois nunca tínhamos ouvido falar. Corremos para a internet e após muitas pesquisas, as coisas só pioraram.

O doutor que descobriu a doença me encaminhou para um dermatologista. Já em consulta com o novo médico, fui examinado e o próximo passo incluiu a realização de ampliação de margem no local onde a pinta foi retirada, pesquisa de linfonodos, retirada de mais uma pinta, no dedo do pé, e vários outros exames.

Quando veio o resultado, a ampliação de margem deu negativo. Por sua vez, a pesquisa de linfonodos deu micro metástase. E para a pinta do dedo do pé, o exame deu positivo, indicando Melanoma Acral. Após os resultados, foi marcada mais uma cirurgia para esvaziamento dos linfonodos da virilha, amputação do dedo e tratamento com Interferon.

A notícia da amputação do dedo dá um choque, mas era necessário e segui em frente. Me mantive forte para não deixar minha mãe mais desesperada ainda. Confesso que no começo foi estranho, eu olhava e sentia que faltava uma parte minha. Mas depois você esquece e passa a achar que aquilo é algo normal no seu corpo.

Já as aplicações de Interferon foram mais tensas. Tive alguns efeitos colaterais, mas somente no começo. O que mais incomodava eram as agulhadas três vezes por semana. Tirando isso, o resto correu tudo bem.

Hoje em dia estou curado. Porém, continuo realizando acompanhamento com um Cirurgião Dermatologista a cada seis meses e com oncologista a cada três meses nos Hospital Amaral Carvalho, em Jaú (SP). Neste mesmo local, faço exames de rotina a cada seis meses também.

Como eu moro em uma cidade pequena, grande parte das pessoas sabia que eu estava com câncer. Eu não conversava muito sobre isso com meus colegas, mas na escola, tive o apoio de alguns professores, o que me ajudou demais.

Falar sobre a doença é importante, afinal o melanoma ainda é pouco conhecido, ainda mais em crianças e adolescentes, que é muito mais raro.  Mas a proteção deve começar desde cedo, pois sabemos que os danos causados pela exposição solar na infância só são descobertos quando adultos.

A pele é o maior órgão do corpo humano, logo devemos cuidar dele muito bem. Quando pequeno não me protegia, adorava brincar no sol. Proteção é fundamental, todos os dias. Hoje em dia, eu me protejo mais.

Outra coisa importante, principalmente quando se descobre um câncer é não focar muita na doença. A prática esportiva me ajudou muito, foi fundamental para me manter forte, esperançoso. Minha sugestão para todos que estão passando pelo que passei é buscar atividades para se distrair, como um esporte favorito, ou até mesmo, se dedicar a leitura de livros. Faz muito bem!”

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